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Deputado Nikolas Ferreira, permita-me uma aula rápida de história — daquelas que a gente aprende nos bancos escolares, quando o celular ainda não existia para nos distrair com memes. O senhor postou no X (antigo Twitter) uma foto do então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva vestindo uma camisa com a palavra “Anistia”. Um resgate curioso, mas mal interpretado, que exige correção.
Primeiro, vamos às definições:
Golpe é quando um grupo, liderado ou inspirado por políticos, tenta derrubar as instituições legítimas para impor seu próprio poder. É o caso de 8 de janeiro de 2023, quando a turba invadiu prédios da República acreditando que a democracia poderia ser derrubada a chutes e pauladas.
Baderna é o que se viu nas portas do quartel: gente acampada com barracas de camping, acreditando que lives no YouTube substituem Constituição.
Resistência, deputado, foi o que ocorreu na época da ditadura militar. Resistir era lutar contra um regime de exceção que censurava, prendia e torturava. Quem pedia Anistia não queria licença para depredar o patrimônio público, mas sim justiça para quem foi perseguido por enfrentar a tirania.
Quando Lula vestiu a camisa da “Anistia”, ele não defendia perdão para quem tentou esmagar a democracia, mas sim para os que ousaram sonhar com ela em tempos de escuridão.
Portanto, caro deputado, usar a palavra “Anistia” como argumento em defesa de quem tentou um golpe é o mesmo que confundir um dicionário com um gibi. Não é apenas erro histórico; é má-fé política embrulhada em rede social.
Talvez o senhor imagine que a anistia que libertou sindicalistas e estudantes perseguidos pela ditadura possa ser a mesma que salvaria golpistas do presente. Não é. Uma coisa é resistir à opressão, outra é atacar a democracia.
Quem sabe, numa próxima postagem, o senhor não faça a lição de casa antes? Assim evita confundir heróis da resistência com arruaceiros de gabinete.
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